Numa era marcada pela velocidade das mudanças, conectividade e uma incessante busca por realizações, a ansiedade emerge como uma sombra constante, permeando os corações e mentes nos tempos atuais. Neste artigo, vamos falar sobre as complexidades da ansiedade nos tempos atuais, oferecendo insights psicológicos para compreender e enfrentar esse desafio emocional.
A ansiedade não é um problema em si. Na verdade, é graças a ela que levantamos todos os dias para realizar aquilo que se espera de nós. A ansiedade, se controlada, dentro de parâmetros normais, é uma amiga, não inimiga. O problema é que, assim como quase tudo, a ansiedade em excesso torna-se vilã e deixa de ser um auxílio.
A ansiedade, uma emoção natural em face de situações desafiadoras, tornou-se uma presença persistente em nossas vidas. Rollo May, psicólogo existencialista, descreveu a ansiedade como "o resultado direto de uma falta de comprometimento com o nosso ser". Ou seja, ele chama a atenção sobre como a desconexão com nossa essência pode alimentar a ansiedade, transformando-a de uma emoção natural para uma luta diária.
Nas palavras de Carl Jung, "o que você resiste, persiste". É crucial desmistificar a ansiedade, reconhecendo-a como uma parte inerente da experiência humana. Aceitar a ansiedade como uma emoção legítima é o primeiro passo para transformar sua energia, direcionando-a para o crescimento pessoal.
Vivemos em uma sociedade onde a pressão pelo desempenho é constante. Redes sociais, padrões de sucesso e uma avalanche de informações contribuem para um ambiente propício ao desenvolvimento da ansiedade. A comparação constante e a busca por validação externa alimentam esse ciclo de preocupação constante.
A conectividade constante e a sobrecarga de informações digitais são fatores que merecem atenção. A exposição excessiva às telas pode contribuir para a ansiedade, criando uma sensação de urgência constante e desconexão emocional.
Para conseguirmos fazer a experiência de uma "ansiedade boa", alguns práticas podem nos fornecer um forte auxílio:
Atenção: prestar atenção no que se está fazendo, sair do automático, estar atento ao seu corpo, aos seus sentimentos, às pessoas ao redor.
Atividades Físicas: em consonância com a filosofia de Viktor Frankl, que observou que "o corpo é o arco, a alma é a flecha", a prática regular de exercícios físicos não só fortalece o corpo, mas também alivia a ansiedade ao permitir que a energia flua livremente.
Limites Digitais: Rudolf Allers alerta sobre os excessos modernos: "O homem moderno corre o risco de ser submerso por suas próprias invenções". Ao estabelecer limites digitais, seguimos o conselho de Allers, preservando a saúde mental diante da avalanche de informações que alimentam a ansiedade.
Psicoterapia: Nas palavras de Frankl, "O que não enfrentamos em nós mesmos encontraremos como destino". A terapia psicológica oferece um espaço para enfrentar as raízes profundas da ansiedade, guiando-nos na jornada rumo à autenticidade e ao equilíbrio emocional.
Enfim, nos tempos atuais, a ansiedade pode parecer uma companheira constante, mas compreendê-la e enfrentá-la é o caminho para a reconquista da paz interior. Ao adotar estratégias psicológicas, cultivar a consciência plena e buscar apoio quando necessário, criamos um cenário perfeito para nos desenvolvermos e solucionarmos aquilo que nos atrapalha neste caminho. E, como diz Frankl, "a última das liberdades humanas é escolher a atitude que tomará em qualquer circunstância", ou seja, ainda que a ansiedade esteja te atrapalhando nesse momento, ainda que a ansiedade esteja te causando algum sofrimento, você pode escolher que atitude terá diante disso: simplesmente aceitar e manter tudo como está, ou buscar ajuda e resolver o que tem te atrapalhado. A escolha é sua, porque esta vida é sua!
Ah! Lembre-se, a jornada para a saúde mental é única para cada indivíduo, e a busca pela compreensão e autenticidade é o primeiro passo para um bem-estar duradouro.
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